sábado, 1 de dezembro de 2007
Lágrimas
Esperei o que esperei
pra ver!
por onde minhas lágrimas navegaram?
parece que nunca em meu rosto.
Nem no deles.
-como uma nova forca-
No verão ela vinha
estive com seu hipnotismo impregnado
Por onde
-nem o vazio alcança-
apenas
a garganta lenta
................ (a)corda
sufocava até tirar o último suspiro
sem clemencia
e a na última gota
um rio
me leva, longe.
Limpando me, tirando-me.
Longe daqui
Longe
Looonge
Looooooonge.
E nunca mais aqui.
pra ver!
por onde minhas lágrimas navegaram?
parece que nunca em meu rosto.
Nem no deles.
-como uma nova forca-
No verão ela vinha
estive com seu hipnotismo impregnado
Por onde
-nem o vazio alcança-
apenas
a garganta lenta
................ (a)corda
sufocava até tirar o último suspiro
sem clemencia
e a na última gota
um rio
me leva, longe.
Limpando me, tirando-me.
Longe daqui
Longe
Looonge
Looooooonge.
E nunca mais aqui.
Romantismo
Seremos ainda românticos
- e entraremos na densa mata,
em busca de flores de prata
de aéreos, invisíveis cânticos.
Nas pedras, à sombra, sentados,
respiraremos a frescura
dos verdes reinos encantados
das lianas e da fonte pura.
E tão românticos seremos
de tão magoado romantismo,
que as folhas dos falhos supremos
que se desprenderem no abismo
Pousarão na nossa memória
- secas borboletas caídas-
e choraremos sua história,
-resumo de todas as vidas.
(Cecília Meirelles - Mar absoluto e outros poemas)
- e entraremos na densa mata,
em busca de flores de prata
de aéreos, invisíveis cânticos.
Nas pedras, à sombra, sentados,
respiraremos a frescura
dos verdes reinos encantados
das lianas e da fonte pura.
E tão românticos seremos
de tão magoado romantismo,
que as folhas dos falhos supremos
que se desprenderem no abismo
Pousarão na nossa memória
- secas borboletas caídas-
e choraremos sua história,
-resumo de todas as vidas.
(Cecília Meirelles - Mar absoluto e outros poemas)